• Economia  •  13/08/2024  •  um ano atrás

Estudo mostra o motivo da energia do Brasil ser barata, mas a conta para o consumidor ser cara; veja

Especialistas no setor elétrico concordam que o Brasil é o país da energia barata e da conta de luz cara

Estudo mostra o motivo da energia do Brasil ser barata, mas a conta para o consumidor ser cara; veja

Especialistas do setor elétrico concordam que o Brasil tem energia barata, mas conta de luz cara devido aos subsídios que representam 13,5% da fatura mensal. O governo de Lula está tomando medidas para reduzir os custos ao consumidor. O país tem baixo custo de geração de energia, sendo terceiro em capacidade instalada de fontes renováveis, mas a conta de luz pesa no bolso. A tarifa média subiu 153% em onze anos devido a custos indiretos e subsídios.

A Agência Nacional de Energia Elétrica revelou que os subsídios mais que dobraram em cinco anos, chegando a R$ 40,3 bilhões em 2023, representando mais de 13% da conta de luz dos consumidores, um aumento significativo em relação a 5,5% em 2018. Subsídios afetam o preço da energia no mercado regulado e impactam diretamente o bolso dos consumidores brasileiros. O governo trabalha para reduzir esses custos e tornar a conta de luz mais acessível para a população. Katia Rocha, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, destaca a necessidade de encontrar soluções para equilibrar o custo da energia no Brasil.

Quais São os Principais Subsídios Distorcedores?

Existem diferentes tipos de subsídios no setor de energia no Brasil, incluindo incentivos para energias fósseis como térmicas a carvão e subsídios para áreas como irrigação e aquicultura, que não estão diretamente relacionadas à conta de luz. Isso é considerado um contrassenso, especialmente em um momento em que o país visa reduzir as emissões de carbono.

Os incentivos para energia renovável, como eólica e solar, também têm aumentado significativamente nos últimos anos, chegando a crescer 171%. No entanto, esses incentivos levam a um crescimento desordenado da oferta de energia renovável, com impactos no planejamento do sistema elétrico e levando o Operador Nacional do Sistema a realizar cortes de carga.

Além disso, a geração distribuída, como painéis solares, também recebeu grandes subsídios, gerando a necessidade de investimentos adicionais das distribuidoras na rede, sem uma remuneração imediata.

Repercussões Socioeconômicas

O subsídio na conta de luz é considerado regressivo, já que as famílias mais pobres acabam pagando pelos benefícios concedidos às mais ricas, que podem instalar painéis solares em grandes telhados. Há um debate sobre se a conta de luz deve financiar políticas públicas como o programa Tarifa Social e Luz para Todos, que poderiam ser custeados pelo Orçamento federal. Para reduzir os custos, o governo antecipou recursos da privatização da Eletrobras e estuda usar parte dos fundos dos leilões da PPSA. Especialistas alertam que essas medidas são temporárias e não resolvem o problema estrutural dos subsídios. O Ministro de Minas e Energia afirmou que um projeto de reformulação do setor elétrico será apresentado até setembro, abordando a questão dos subsídios, mas a reestruturação completa enfrenta desafios no Congresso.

Em resumo, o Brasil continua a enfrentar o paradoxo de ter energia barata, mas com alto custo para o consumidor. Reformas estruturais são necessárias para racionalizar os subsídios e garantir que a tarifa de energia elétrica se torne mais justa e competitiva para todos.

  • Subsídios mais que dobraram em cinco anos.
  • Cifras alcançaram R$ 40,3 bilhões em 2023.
  • Conta de luz mais cara devido ao acúmulo de subsídios.
  • Medidas temporárias do governo não resolvem o problema estrutural.

 

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