Desvalorização de commodities faz superávit comercial recuar em agosto
Saldo positivo caiu 49,9% e somou US$ 4,828 bilhões
O superávit da balança comercial despencou em agosto devido à desvalorização de commodities e ao aumento das importações impulsionadas pela recuperação da economia. O Brasil exportou US$ 4,547 bilhões a mais do que importou nesse mês, uma queda significativa em relação ao ano anterior. No acumulado dos primeiros oito meses do ano, o superávit comercial alcançou US$ 54,079 bilhões, o segundo melhor resultado da série histórica.
As exportações caíram em agosto, enquanto as importações aumentaram, especialmente de gás natural e bens de capital. A redução nos preços internacionais da soja, milho, ferro, aço e açúcar impactou as exportações, enquanto produtos como café e celulose tiveram aumento nas vendas. Nas importações, medicamentos, motores, máquinas e gás natural apresentaram altas significativas.
No setor agropecuário, a redução na quantidade exportada foi mais relevante, enquanto na indústria de transformação, a crise econômica na Argentina afetou as exportações. A indústria extrativa também teve queda nas exportações de minérios e petróleo.
O diretor do Mdic mencionou que o encolhimento no superávit da balança se deve principalmente às exportações menores de soja e minério de ferro, juntamente com o aumento nas importações. Ele alertou que uma desaceleração econômica global pode prejudicar as exportações no futuro.
O governo revisou sua projeção de superávit comercial para 2024, agora estimando US$ 79,2 bilhões, uma queda em relação ao ano anterior. As exportações devem subir 1,7% e as importações 10,6% em relação a 2023, devido à recuperação da economia e preços internacionais mais estáveis.
No entanto, as previsões do governo são mais cautelosas do que as do mercado financeiro, que projeta um superávit maior para este ano. A próxima projeção do governo será divulgada em outubro, levando em consideração o cenário econômico global e a evolução do comércio internacional.
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