Como Ronaldo tem se articulado para ser presidente da CBF

Ronaldo Nazário, ex-jogador e bicampeão mundial, está planejando uma candidatura à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Após meses de articulações políticas e conversas com aliados estratégicos, o Fenômeno despertou interesse de líderes internacionais, como Gianni Infantino da Fifa e Alejandro Domínguez da Conmebol. Sua presença no sorteio do Mundial de Clubes foi vista como um sinal claro de suas intenções políticas.

Recentemente, Ronaldo e sua esposa, Celina Locks, organizaram o leilão beneficente Galácticos em apoio à Fundação Fenômenos, atraindo grandes nomes do esporte e da alta sociedade. O apelido "presidente" que Ronaldo ganhou durante sua carreira como jogador agora parece estar se tornando uma realidade, refletindo sua liderança técnica e carismática. Sua possível candidatura à presidência da CBF promete ser um novo capítulo na carreira do ícone do futebol brasileiro.

Galvão Bueno, Kaká e o ex-presidente do Corinthians Andrés Sanchez, além de empresários das mais diversas áreas do esporte e do entretenimento estiveram presentes em uma noite em que o Fenômeno pode sentir que seu prestígio estava em alta para assumir a presidência da CBF.

Agora, o Fenômeno pretende viajar pelo país a partir de janeiro para falar com presidentes de clubes, federações e ouvir relatos sobre como melhorar a estrutura do futebol nacional.

Enquanto Ronaldo articula nos bastidores, Ednaldo se movimenta para reforçar seu capital político. Na última semana, Ednaldo reuniu presidentes de federações estaduais em um encontro que durou mais de quatro horas, em um hotel na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O objetivo foi claro: apresentar um balanço positivo de sua administração e projetar planos. O evento encerrou com discursos de apoio em tom de campanha, deixando evidente que Ednaldo pretende concorrer à reeleição.

Entretanto, a candidatura de Ronaldo Fenômeno enfrenta desafios e questionamentos. Aliados de Ednaldo apontam as dificuldades administrativas enfrentadas por Ronaldo em suas gestões no Cruzeiro e no Valladolid, clube espanhol que o ex-atacante precisará se desfazer para ser presidente da CBF.

O processo eleitoral para a presidência da CBF envolve um complexo sistema de votação, onde Ronaldo precisa formar uma chapa com o apoio de federações estaduais e clubes das Séries A e B. As federações estaduais têm o maior peso, valendo 3 votos cada uma, totalizando 81 pontos. 

Os clubes da Série A valem 2 pontos cada (40 no total) e os clubes da Série B valem 1 ponto cada (20 no total). Se a maioria das federações estaduais apoiar um candidato, a eleição é automaticamente decidida, pois o candidato alcançaria 72 pontos, inalcançável para os adversários.

Além disso, o pleito elegerá oito vice-presidentes, aumentando a complexidade das alianças políticas. Ednaldo Rodrigues, atual presidente da CBF, se beneficia de uma mudança no estatuto que permite até três mandatos consecutivos. A incerteza sobre a legitimidade de sua presidência, devido a um processo no STF, adiciona tensão ao cenário político da entidade.

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