Avanço do crédito imobiliário esbarra em juros altos e força ação do governo, dizem especialistas
Participação do setor no PIB ficou estagnado entre 9% e 10% na última década

Nos últimos dez anos, o setor imobiliário no Brasil tem enfrentado uma estagnação em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), com taxas de juros altas e saques significativos da poupança sendo apontados como principais desafios. Especialistas destacam que as taxas de juros elevadas afetam a demanda por crédito imobiliário, juntamente com fusões de incorporadoras, a redução do programa Minha Casa Minha Vida e os impactos da pandemia.
O governo tem buscado atrair grandes fundos de pensão e investimentos para o mercado de crédito imobiliário, visando reaquecer o setor. A discussão da medida provisória do Acredita tem sido foco para atingir esse objetivo. A expectativa de uma possível alta na taxa básica de juros, Selic, na próxima reunião do Banco Central também preocupa o mercado, podendo aumentar ainda mais os preços.
O sistema da poupança tem sido crucial como fonte de recursos para financiamentos imobiliários no país, com saques líquidos significativos nos últimos anos. Os juros para pessoa física em modalidades como home equity têm se mantido altos, enquanto a taxa do FGTS é mais baixa. As regras do Sistema Financeiro de Habitação impõem limites específicos, enquanto no Sistema de Financiamento Imobiliário as condições são negociadas livremente.
Para acelerar o crédito imobiliário, uma possível solução discutida é utilizar a Emgea como uma securitizadora, adquirindo carteiras de crédito de instituições financeiras e convertendo a taxa para o IPCA, o que pode oferecer melhor remuneração para investidores e garantir pagamentos mesmo em casos de inadimplência. O setor imobiliário enfrenta desafios estruturais que requerem modificações efetivas no manejo de recursos e uma redução nas taxas de juros, dependendo da cooperação entre governo, Banco Central e outros setores para alcançar essas mudanças e garantir a sustentabilidade do mercado.
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